Portaria nº 438 publicada pelo Governo do Rio Grande do Norte no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (15) determina o uso obrigatório de máscara em órgãos vinculados à Secretaria Estadual da Educação, Cultura e Lazer (SEEC).
Na prática, a medida vale para a sede, Diretorias Regionais de Educação e Cultura (Direcs), Diretorias Regionais de alimentação Escolar (DRAE), e para as escolas estaduais em todo o território potiguar.
Segundo o governo, a medida é por conta do aumento dos casos de covid e visa a “urgente necessidade de assegurar as condições mínimas para manutenção das atividades diárias, preservando a saúde dos servidores, professores, estagiários, terceirizados e usuários em geral”.
O documento também recomenda a imediata retomada das medidas de prevenção da Covid-19, como os protocolos sanitários e a higienização das mãos com frequência.
No início do mês, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) também publicou portaria recomendando a volta do uso de máscara em locais fechados em todo o território potiguar.
A medida também incluía serviços de saúde, escolas, transporte coletivo e ambientes de trabalho, reforçando a importância de completar o esquema vacinal com as doses de reforço, orientação da ampla testagem com distribuição de testes.
O decreto que flexibilizou o uso de máscara em locais fechados foi publicado no início de abril deste ano. Já O que facultou em locais abertos foi divulgado no início da segunda quinzena de março, também do ano corrente. O avanço da vacinação contra a Covid-19 e a queda no número de casos e óbitos em semanas anteriores foram fatores primordiais para a tomada da decisão.
A medida atendeu, à época, recomendação do Comitê Científico de Especialistas da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). O texto recomendava que continuassem usando máscaras aqueles que pertencessem a grupos de risco, como idosos, gestantes e imunossuprimidos; todos que apresentarem sintomas gripais; e no âmbito do transporte público de passageiros.
O uso de máscaras de proteção facial era obrigatório em todo o Rio Grande do Norte desde 7 de maio de 2020, após início da pandemia do novo coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia em 11 de março do mesmo ano.
MOSSORÓ
Nos 13 primeiros dias de junho a Unidade de Pronto Atendimento do bairro Belo Horizonte, referência no município para o combate à Covid-19, realizou 1.506 testes rápidos tipo Swab. Deste total, 477 deles deram positivo para a doença.
A média no período é de pouco mais de 36 casos positivos diários. A última segunda-feira (13) registrou o maior número de testes positivos nesta primeira quinzena do mês. Ao todo, foram 73 testes positivos.
Abordada nesta quarta-feira (15) sobre o aumento no número de casos da doença, nesta que está se configurando como a quarta onda no estado, Morgana Dantas, secretária de Saúde de Mossoró, disse que “trata-se de uma sazonalidade que vem ocorrendo em todo o país” e que a pasta municipal monitora a situação.
“As pessoas que estão se hospitalizando com maior gravidade são exatamente as mais vulneráveis ao vírus, devido a não ou à baixa imunização. Somente com a vacina poderemos passar por esta fase de forma mais tranquila”, comentou.
AUMENTO DE LEITOS
Com o aumento no número de casos, a Secretaria Estadual de Saúde aumentou o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e clínicos para o tratamento da Covid-19 nas regiões Metropolitana, polarizada por Natal, e Oeste, que tem Mossoró como seu principal município.
A secretária adjunta da Sesap, Lyane Ramalho, explicou que a pasta estadual vem acompanhando o aumento no número de casos da doença. Segundo ela, assim como nas outras ondas, o órgão de saúde estadual monitora diariamente a situação, principalmente nas unidades particulares.
“A Sesap tem acompanhado o aumento no número de casos Covid-19 nos outros estados do Brasil e assim como foi nas outras ondas nós temos monitorado diariamente aqui no estado, em todas as regiões de saúde, nas nossas portas de urgência e principalmente nos serviços privados porque nas outras ondas geralmente esse aumento de casos começou pelas urgências dos serviços privados”, disse.
Lyane Ramalho destacou ainda que é esperado para as próximas três semanas aumento considerável de casos da doença no território potiguar e a necessidade de aumentar a oferta de leitos críticos e clínicos para o tratamento de pacientes infectados pelo SARS-CoV-2, vírus causador da doença.
“Queremos informar a população potiguar que esperamos que nesses próximos 20 dias realmente aumente o número de casos e precisemos de um maior número de leitos, por isso que estamos monitorando diariamente para que haja um aumento no número de leitos em todas as regiões”, iniciou.
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