Os novos policiais penais do Rio Grande do Norte devem concluir o curso de formação no próximo mês. Com isso, a expectativa é de que o efetivo do sistema penitenciário do estado será reforçado em breve com mais 99 integrantes, que estão finalizando essa etapa do concurso público. O Sindicato da categoria destacou a importância dos novos policiais penais para reduzir um ainda alegado déficit no efetivo, considerado abaixo da demanda atual.
Em contato com a reportagem, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SEAP/RN) informou que o atual curso de formação de novos policiais penais deve terminar na primeira quinzena de fevereiro e que a turma conta com 99 alunos, após a desistência de outros cinco. O III Curso de Formação de Policial Penal começou em novembro de 2021, com 104 candidatos, como fase do concurso público para o cargo de policial penal da SEAP, com foco em conhecimentos teóricos e práticos sobre assuntos como armamento, tiro e procedimentos de escolta penal, além do estágio supervisionado.
Nesta última terça-feira (18), os alunos do Curso de Formação da Polícia Penal participaram na sede da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB), em Natal, de uma palestra sobre a Lei de Abuso de Autoridade e respeito às prerrogativas da advocacia. Na ocasião, o secretário da Administração Penitenciária, Pedro Florêncio, disse que a iniciativa inédita faz parte da nova grade da Escola Penitenciária para formação de um policial mais completo. “Essa parceria com a OAB é importante. Ações como essa ajudam a dar mais capacitação ao servidor e consequentemente mais dignidade ao cumprimento da pena”, afirmou.
E nesta semana, o Sindicato dos Policiais Penais (Sindppen-RN) falou sobre os novos profissionais. A entidade destacou a importância desse reforço no efetivo do sistema penitenciário e ressaltou que os alunos que estão no curso de formação, sem dúvida, chegarão para somar e contribuir com o fortalecimento da categoria e da Segurança Pública. O Sindicato lembrou que cobrou tanto pela realização do concurso quanto pela convocação dos aprovados, nomeações e abertura de novas turmas; e reafirmou que “o efetivo ainda está abaixo da demanda atual”.
O concurso
Antes do curso de formação, os candidatos passaram por outras etapas do certame como prova escrita, teste de aptidão física, avaliação psicológica, exame toxicológico e investigação social. Lançada em 2017, a seleção ofertou 571 vagas, sendo 451 para homens e 120 mulheres.