A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, participou nesta terça-feira (11) da COP30, em Belém, no painel “Recaatingamento e Bioeconomia do Semiárido: Sustentabilidade, Inovação e Justiça Territorial”. Durante sua fala, Fátima ressaltou a importância de proteger a caatinga e recuperar áreas degradadas como parte essencial da transição ecológica do Nordeste. A metodologia do recaatingamento foi apresentada como uma proposta civilizatória para enfrentar os desafios climáticos da região.
O painel reuniu governadores e especialistas que discutiram políticas voltadas à restauração do semiárido e ao fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis. O recaatingamento, segundo a governadora, representa uma forma inovadora de convivência com o bioma, combinando recuperação ambiental, inclusão social e valorização da biodiversidade. O bioma caatinga, exclusivamente brasileiro, cobre 53,5% do território nordestino e é predominante em 90% do Rio Grande do Norte.
Durante o debate, Fátima destacou o pioneirismo do estado na agenda ambiental. O RN foi o primeiro do país a regulamentar o Fundo Estadual de Combate à Desertificação, que financia ações de recuperação de áreas degradadas, tecnologias sociais e capacitação ambiental. Ela também ressaltou a proposta do Fundo Caatinga, inspirada no Fundo Amazônia, como instrumento estratégico para financiar ações de sustentabilidade e combate à desertificação na região.
Além das discussões sobre o meio ambiente, Fátima participou da agenda sobre Governança Multinível, dentro do Plano de Aceleração da Solução de Governança Multinível (PAS), liderado pelos Ministérios do Meio Ambiente e das Cidades. O objetivo é fortalecer a cooperação entre governos em diferentes níveis para implementar o Acordo de Paris. O RN se destacou ao mobilizar 119 municípios para o projeto AdaptaCidades, superando as expectativas iniciais.
O estado também firmou compromisso com o Memorando de Entendimento Under2, que prevê a neutralidade de emissões líquidas de CO₂ até 2050. Para Fátima Bezerra, o protagonismo do Rio Grande do Norte e do Nordeste na agenda climática reforça o papel do Brasil na liderança global pela sustentabilidade. “É um orgulho ver o país retomando o protagonismo ambiental. Proteger a caatinga é cuidar do futuro do nosso povo”, declarou a governadora.

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