A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou, na manhã desta terça-feira (29), a “Operação Inimigo Oculto” para apurar o vazamento de informações sigilosas da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) a policiais militares e integrantes de facções criminosas. A ação foi coordenada pelo Departamento de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD), com o apoio da DHPP, e teve como alvo uma servidora lotada em unidade plantonista.
Segundo as investigações, a policial acessava indevidamente procedimentos que envolviam membros do 4º Batalhão de Polícia Militar e repassava esses dados tanto a policiais militares quanto a pessoas próximas. Parte desses militares já se encontra presa e é investigada por suposto envolvimento com grupos de extermínio e milícias. Além disso, as informações vazadas chegaram a ser divulgadas em redes sociais, sendo usadas para autopromoção por milicianos.
As apurações apontaram que os acessos indevidos ao sistema interno da corporação ocorriam simultaneamente a ligações realizadas pela investigada para os alvos das apurações. Com base nesses indícios, a Justiça determinou o cumprimento de mandado de busca e apreensão e o afastamento cautelar da servidora por 90 dias. O nome da operação faz referência à atuação silenciosa e infiltrada da investigada, caracterizando-a como um “inimigo oculto” dentro da própria instituição.
A Polícia Civil reforça seu compromisso com a legalidade e a transparência, afirmando que qualquer conduta incompatível com a função policial será rigorosamente apurada e responsabilizada.
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