O Rio Grande do Norte registrou uma redução significativa na insegurança alimentar em 2024. De acordo com dados do módulo de Segurança Alimentar da Pnad Contínua, divulgado pelo IBGE, 29,4% dos domicílios potiguares tiveram algum grau de insegurança alimentar, contra 33,7% em 2023. Apesar da melhora, o percentual ainda permanece acima da média nacional, que é de 24,2%.
No levantamento, estima-se que 371 mil domicílios no estado apresentaram algum nível de insegurança alimentar, classificada em leve, moderada ou grave. A insegurança leve, presente em 19,3% dos domicílios, caracteriza-se pela preocupação com o acesso futuro aos alimentos ou consumo de produtos de qualidade inferior para garantir a quantidade disponível. Isso representa cerca de 243 mil residências no RN.
A insegurança alimentar moderada atingiu 6,3% dos domicílios, com redução quantitativa ou ruptura nos padrões alimentares entre os adultos. Já a situação grave, afetando 3,9% das residências, significa que todos os moradores, incluindo crianças, passaram por falta de alimentos. Aproximadamente 49 mil domicílios potiguares enfrentaram esta condição.
O módulo de Segurança Alimentar da Pnad Contínua é realizado em parceria entre o IBGE e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Ele utiliza a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) para identificar e classificar os domicílios conforme a severidade da insegurança alimentar, permitindo estimar a magnitude do problema no país e nas unidades federativas.
Entre os estados do Nordeste, o RN apresenta o menor percentual de insegurança alimentar, enquanto o Piauí lidera o ranking regional com 39,3% dos domicílios afetados. Os dados completos da pesquisa podem ser consultados no Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA).

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