Uma operação de rotina realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-101, em Canguaretama, no interior do Rio Grande do Norte, resultou na apreensão de um ônibus escolar que transportava crianças em condições totalmente irregulares. O flagrante aconteceu na tarde de 8 de setembro de 2025 e evitou uma situação que poderia colocar em risco a vida de dezenas de estudantes do ensino infantil e fundamental.
O veículo, com capacidade para 23 pessoas, levava os alunos acompanhados por uma professora e uma monitora. No entanto, ao ser fiscalizado, os agentes constataram que o transporte não atendia aos requisitos básicos de segurança estabelecidos pela legislação brasileira. As falhas encontradas foram consideradas graves e levaram à imediata retirada do veículo de circulação.
Entre as irregularidades, destacou-se a situação do motorista, que possuía apenas Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria B, quando a condução de transporte escolar exige categoria D, além de não ter realizado o curso especializado obrigatório para essa função. Nenhum dos passageiros usava cinto de segurança e o ônibus não contava com autorização para transporte escolar nem com a vistoria semestral do Detran.
As condições físicas do veículo também eram alarmantes. O para-brisa estava trincado, uma janela não tinha vidro, e itens de segurança obrigatórios, como macaco, chave de roda, pneu sobressalente, triângulo e tacógrafo, estavam ausentes. O ônibus também não possuía a faixa amarela regulamentar nem os retrovisores ou câmeras exigidos para esse tipo de transporte.
Diante das irregularidades, a PRF apreendeu o veículo e registrou as infrações. O caso será investigado para responsabilizar os envolvidos e aplicar as penalidades previstas. Segundo a corporação, a ação rápida impediu uma possível tragédia, reforçando a importância da fiscalização constante como forma de proteger a integridade dos estudantes.
O episódio alerta para a necessidade de maior rigor no acompanhamento do transporte escolar, especialmente em áreas do interior do estado, onde muitas vezes a fiscalização é menos frequente. Garantir veículos em condições adequadas e motoristas capacitados é essencial para a segurança de crianças e adolescentes que dependem desse serviço diariamente.