O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) obteve a condenação de Victor Hugo de Souto Valença, policial penal, a 43 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado. A sentença da 4ª Vara Criminal de Natal também determinou a perda de seu cargo público e negou o direito de recorrer em liberdade.
De acordo com o processo, em julho de 2022 o réu matou um motorista de aplicativo com oito tiros de pistola .40, após roubar seu veículo, na avenida Capitão-Mor Gouveia, em frente ao Terminal Rodoviário de Natal. Na sequência, tentou roubar outro carro no bairro Cidade Satélite, disparando contra a vítima, que conseguiu escapar.
Ainda na mesma ação criminosa, Victor Hugo invadiu uma residência, onde feriu uma mulher no braço e matou o filho dela, de quem roubou uma motocicleta. Pouco depois, roubou outro carro e continuou a série de delitos até ser preso em flagrante na cidade de Olinda, em Pernambuco, após cometer novos crimes, incluindo extorsão.
Durante o julgamento, a defesa alegou que o acusado sofria de transtorno mental e, por isso, seria inimputável. Contudo, o juízo rejeitou o laudo de insanidade mental, considerando inconsistências na perícia e destacando que o réu havia passado por exames psicotécnicos rigorosos para ingressar no cargo público.
Na decisão, o magistrado ressaltou que a conduta do réu demonstrou culpabilidade exacerbada, com uso extremo de violência, inclusive diante de uma criança e uma idosa. Além disso, destacou as graves consequências deixadas pelos crimes, como a morte de um filho único e a deficiência permanente em uma das vítimas.
Com a condenação, Victor Hugo permanecerá preso, e a execução da pena será acompanhada pela Justiça. O caso gerou grande repercussão, não apenas pela brutalidade dos crimes, mas também pelo fato de o autor ser um servidor público da área de segurança.
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