A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou, nesta terça-feira (28), a “Operação Herdeiro Oculto”, conduzida pela 2ª Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de Natal. A ação faz parte das investigações sobre o homicídio do ex-prefeito de São Pedro, Miguel Cabral, assassinado em 3 de fevereiro de 2025 no Largo do Atheneu, bairro de Petrópolis, em Natal.
A fase operacional teve como objetivo reunir novas provas sobre o possível mandante do crime e localizar o arsenal bélico pertencente à vítima, desaparecido desde o dia do assassinato. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diferentes endereços da capital potiguar, incluindo a residência da viúva de Miguel Cabral. A polícia apura informações de que ela teria tentado negociar as armas com um dos enteados, preso atualmente, em troca da renúncia à parte da herança.
Outro mandado foi executado na casa de um empresário investigado por supostamente estar em posse das armas do ex-prefeito. Durante as diligências, os agentes apreenderam celulares, uma substância semelhante à maconha, R$130 mil em espécie, um fuzil, uma carabina, uma espingarda e duas pistolas. O material foi encaminhado para análise pericial.
Em etapas anteriores da investigação, a Polícia Civil já havia prendido os quatro executores do crime, capturados nos estados de Pernambuco e Ceará. Os suspeitos seguem presos e à disposição da Justiça. As autoridades acreditam que as novas provas obtidas possam contribuir para esclarecer o papel de cada envolvido e identificar o mandante do assassinato.
Segundo a DHPP, o nome “Herdeiro Oculto” faz alusão ao contexto patrimonial e familiar do caso, marcado por disputas de herança e ocultação de bens. As apurações continuam sob sigilo, e a Polícia Civil não descarta novas fases da operação nos próximos dias.
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