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Segunda-feira, 14 de Julho de 2025
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Polícia

MPF denuncia grupo por fraude de R$ 4 milhões contra o INSS no Nordeste

Organização criminosa falsificava documentos para obter benefícios em nome de idosos fictícios entre 2013 e 2021

Rállyson Nunes
Por Rállyson Nunes
MPF denuncia grupo por fraude de R$ 4 milhões contra o INSS no Nordeste
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O Ministério Público Federal (MPF) denunciou três pessoas por participação em um esquema de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que causou um prejuízo superior a R$ 4 milhões. A quadrilha atuou entre 2013 e 2021 em quatro estados do Nordeste: Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Piauí.

Segundo a investigação, o grupo utilizava documentos falsificados — como certidões de nascimento, CPFs e carteiras de identidade — para solicitar benefícios previdenciários em nome de pessoas inexistentes, supostamente idosas. A atuação era sofisticada e articulada, com uso repetido de endereços, telefones e até grafias semelhantes nos requerimentos.

A denúncia destaca que os criminosos operavam de maneira coordenada e reiterada. Um dos denunciados utilizava dezenas de identidades falsas em agências do INSS de várias cidades do RN e de outros estados. Apenas esse integrante causou prejuízo superior a R$ 850 mil. Os outros dois denunciados, um casal, teriam causado individualmente mais de R$ 1,7 milhão em prejuízos, sendo a mulher apontada como responsável pela confecção dos documentos falsos e considerada líder do esquema.

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O MPF pede a condenação dos envolvidos pelos crimes de falsidade ideológica, estelionato qualificado por lesar órgão público e associação criminosa. Também foi solicitado que a Justiça Federal fixe o valor mínimo de reparação dos danos em R$ 4,35 milhões.

As investigações revelaram semelhanças com a Operação Garoa, da Polícia Federal de Pernambuco, apontando a existência de um padrão nas fraudes: benefícios iniciados em datas que coincidiam com a suposta idade dos beneficiários, repetição de IPs nos registros dos pedidos e declarações familiares compostas por apenas uma pessoa. O caso segue na Justiça Federal.

FONTE/CRÉDITOS: Rállyson Nunes
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