Os servidores do Detran-RN realizam um protesto iniciado nesta quarta-feira (22) com previsão de encerramento na sexta (24), reivindicando reajustes salariais e realização de concursos públicos, além de falta de estrutura. Os serviços de vistoria e manutenção são os mais afetados.
Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o coordenador de comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do Rio Grande do Norte (Sinai-RN), Alexandre Guedes, aponta que a luta não é para a conquista dos direitos, mas sim para o cumprimento dos direitos já conquistados.
“Negociação acontece quando propostas são colocadas na mesa. Qual é a proposta do Governo? Formalmente só tem a proposta do Sindicato, das categorias, mas cadê a proposta do Governo? Não tem. Então se não tem proposta do Governo não é uma mesa de negociação, é uma mesa de enrolação”, enfatiza Alexandre.
Em nota, o Governo aponta que “a Direção-Geral do Detran/RN continua aberta ao diálogo com o Sindicato no intuito de construir soluções e restabelecer completamente o atendimento e os serviços oferecidos pelo Detran/RN à população Potiguar”.
O último concurso público para compor o quadro de servidores do Detran foi realizado em 2010, há 13 anos. Alexandre aponta que metade dos profissionais já estão aptos a se aposentarem, caso queiram.
De acordo com o Coordenador, o serviço do Detran já é afetado dia a dia independente de greve com a falta de concurso público e acusa o Governo do RN de promover um incremento na privatização do Estado ao colocar terceirização, favorecendo o interesse privado. “Isso é uma arma letal que é colocada no trânsito, que mutila e mata muita gente”, disse Alexandre.
Nos serviços presenciais, o Governo aponta que o Detran continua funcionando da seguinte forma: Habilitação de condutores (Provas Prática e Teórica), Clínicas médicas e psicológicas (Habilitação – Clínicas Credenciadas), e Apreensão e liberação de veículos de forma normal; Manutenção semafórica, Vistoria veicular e Auditoria de maneira reduzida.
